Fios de sustentação ou bioestimuladores? Entenda as diferenças
Com o processo natural de envelhecimento a pele vai perdendo firmeza e elasticidade. Com isso, rugas e marcas de expressão começam a aparecer no rosto, o que pode, em alguns casos, afetar a autoestima da pessoa.
A boa notícia é que existem diversos tratamentos para atenuar as consequências do envelhecimento cutâneo. Entre eles, estão os fios de sustentação e os bioestimuladores de colágeno.
Essas tecnologias melhoram a flacidez, previnem e amenizam as rugas, e deixam a pele com um aspecto mais jovial e saudável.
Mas com tantas opções no mercado de estética facial que é comum a confusão em relação às indicações e funcionamento de cada protocolo.
Você sabia, por exemplo, que os fios de sustentação, ou fios PDO, são um tipo de bioestimuladores de colágeno? Mas existem substâncias próprias que, quando injetadas na pele, potencializam a produção de colágeno e são os bioestimuladores de colágeno propriamente ditos.
Pareceu confuso? Calma, é por isso que preparamos este artigo.
Fios de sustentação e bioestimuladores de colágeno possuem diferenças e indicações distintas sim, apesar de alcançarem objetivos bem próximos.
É sobre isso que falaremos no decorrer deste texto.
Vem junto!
Fios de sustentação antes e depois: entenda os resultados do procedimento
Uma marionete só consegue se sustentar em pé com os fios que ficam presos aos dedos de quem a conduz. Se o condutor do boneco de ventríloquo soltar os fios, a marionete cai.
A ideia dos fios de sustentação facial é a mesma. Como o próprio nome sugere, trata-se de um mecanismo que sustenta a face, por meio de linhas de fibra de colágeno biodegradáveis e bioestimuladoras. Como a lei da gravidade é implacável e com o processo de envelhecimento ela se mostra ainda mais nítida, a pele do rosto, nesta fase, tende a “cair” devido à flacidez.
Assim como a marionete, uma vez que os fios são posicionados corretamente, o tecido da pele se levanta, o que dá uma aparência mais tonificada àquele rosto.
Então, por causa dos excelentes resultados que, de fato, a técnica entrega, há uma procura cada vez maior para a colocação dos fios, ainda que o grau de flacidez seja leve.
E é aqui que queremos pontuar algo importante.
Os fios de sustentação são um protocolo indicado para flacidez global da pele, que é quando rugas como o “bigode chinês”, as “bochechas de bulldog”, as linhas de marionete se tornam mais aparentes.
É claro que cada um tem um processo individual de envelhecimento, que varia, obviamente, com a genética e hábitos pessoais, mas, via de regra, após os 40 anos que começa a acontecer o chamado “derretimento global da face”.
Sendo assim, pensar em fios de sustentação facial, ao nosso ver, seria um protocolo indicado para casos de flacidez a níveis moderados ou avançados.
Em casos mais leves, o recomendado seria iniciar com tratamentos para melhorar a qualidade da pele e esse quadro global de flacidez, mantendo o protocolo até que seja necessário entrar com um procedimento mais localizado, como é o caso dos fios de sustentação.
E qual seria esse tratamento para estes casos?
Que tal o uso dos bioestimuladores de colágeno?
Mas antes de falarmos deles, conheça um pouco mais sobre os fios de sustentação, seus tipos, método de aplicação e tempo de duração.
Fios de sustentação: tipos, como é feito e quanto tempo dura
Existem três tipos de fios de sustentação:
- Fio liso: sua função é melhorar a qualidade da pele, com altíssimo poder de estímulo à produção de colágeno. Esse tipo de fio é ótimo para áreas de pele fina, como pálpebras, glabela e região periorbital.
- Fio espiculado: possui pequenas espículas (garras) projetadas em 360º. Além dos mesmos benefícios dos fios lisos, se diferencia pela presença das “garras” que proporcionam a tração, promovendo o efeito lifting.
- Fio parafuso: promove um suave efeito preenchedor e também estimula a produção de colágeno.
O procedimento é minimamente invasivo, ou seja, não cirúrgico, e a escolha do tipo de fio é feita após avaliação do profissional, com base nas características e necessidades de cada pele.
É realizada a assepsia do local e, com uso de anestesia, são inseridos, por meio de uma pequena abertura para a inserção da cânula, os fios nas regiões já demarcadas pelo cirurgião-dentista.
Nem é preciso dizer que o profissional precisa ser capacitado e experiente para realizar o procedimento,
Por isso, nada melhor que um bom cirurgião-dentista, que possui um alto conhecimento da anatomia facial e especializado em técnicas de Harmonização Orofacial, para oferecer todo esse suporte.
Como são absorvíveis pelo organismo, os fios de sustentação facial não são permanentes. A absorção do fio acontece em cerca de 6 meses, mas os seus efeitos podem durar até 2 anos na pele.
Veja também: Por que fazer Harmonização Orofacial com dentista é melhor?
E os bioestimuladores de colágeno? O que são?
Os bioestimuladores são substâncias que estimulam a produção natural de colágeno quando injetadas em determinadas camadas da pele.
Lembra que lá no início dissemos que os fios de sustentação são um tipo de bioestimuladores?
Pois é, isso porque, como explicamos, apesar de não ser o foco, os fios possuem um efeito bioestimulador. Na medida em que esse fio vai sendo degradado, ele vai estimulando a produção de colágeno no caminho por onde ele passava.
Acontece que os bioestimuladores possuem um efeito mais global. Através de microcânulas, a substância é injetada nas regiões definidas em movimento de vai e vem na face.
Essa ação gera um processo inflamatório que multiplica as células produtoras de colágeno progressivamente.
As substâncias mais utilizadas para este fim são:
- Hidroxiapatita de Cálcio – Radiesse
- Ácido Poli-l-lático – Sculptra
- Policaprolactona – Elansé
Quanto tempo dura o efeito do bioestimulador de colágeno?
Os efeitos dos bioestimuladores de colágeno são graduais e duradouros, pois o organismo passa a corresponder de forma ativa para o aumento da produção de colágeno.
Os primeiros resultados começam a ser percebidos entre 4 a 6 semanas após a primeira sessão. Dependendo do nível de flacidez da pele, são recomendadas de 1 a 3 sessões com intervalos a cada 30/60 dias.
Conclusão: fios de sustentação ou bioestimuladores de colágeno? Qual é melhor?
Chegamos ao final deste artigo com a expectativa de que tenham ficado mais claras as diferenças entre os fios de sustentação facial e os bioestimuladores de colágeno.
Mas só para unir os pontos, vamos aos “finalmentes”.
Como quase tudo em se tratando de tratamentos, não existe um melhor que o outro. Existe aquilo que mais se adapta às necessidades de cada paciente.
Tanto os fios de sustentação quanto os bioestimuladores de colágeno promovem uma melhora no aspecto e saúde da pele madura.
Para uma flacidez mais leve, seria interessante trabalhar a qualidade dessa pele como um todo, por isso, os bioestimuladores seriam uma boa opção. De forma gradativa, como já dissemos, eles promoveriam uma melhora global na derme.
Em um segundo momento, os fios de sustentação entrariam em cena. Isso para uma pele com uma flacidez global um pouco mais avançada.
Existem diversos protocolos para cuidar da face e elevar a autoestima. Seja fios de sustentação ou bioestimuladores, o importante é manter o autocuidado.
Se ficou alguma dúvida sobre esses ou outros procedimentos, é só entrar em contato que esclareceremos tudo para você.
Eu sou o Dr. Fabricio Pessone, cirurgião-dentista, especialista em Cirurgia Oral e Harmonização Orofacial (HOF) – Membro da Academia Brasileira de Harmonização Orofacial (ABRAHOF).
Será um prazer atender você.